Moradia 2 Quartos em Monchique
Monchique, Monchique, Algarve
Moradia T2 com 61 m2 e terreno de 368 m2, ideal para remodelar ou ampliar. Localizada numa zona serena, cercada pela Natureza e a uma curta distância da vila de Monchique, esta propriedade proporciona conveniência e sossego.
Moradia com potencial para nova construção, segundo consulta junto da Câmara de Monchique, é possível aumentar a área de construção, ou, desanexar o terreno para construção de uma outra habitação. Venha conhecer esta propriedade e descobrir todo o seu potencial.
Próxima de escolas, transportes, restaurantes, piscinas e ginásio, esta moradia oferece uma variedade de comodidades. Com potencial para remodelação e possibilidade de aumento da área construída após consulta à Câmara de Monchique, esta é uma oportunidade única.
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A beleza também cansa pelo que nos transmite em emoção. Basta que a cor seja um grito, basta que as mutações se entrechoquem. Fujamos pois dos azuis, dos vermelhos, dos amarelos, reconfortemos um pouco o espírito cansado. Só o verde nos servirá de bálsamo e Monchique será o próximo ponto a atingir.
A serra, vista de longe, não passa de um bom fundo fotográfico,Deixe de olhar esses terrenos salgados. São tristes e estéreis como a morte. Corre-nos à esquerda a ribeira de Boia e o solo começa a convulsionar-se. Os montes tomam gradualmente altura, unem-se uns aos outros em pregas profundas e a estrada serpenteia entre barreiras de xisto como um réptil fustigado pelo sol.
A vegetação adensa-se. Acácias perfiladas ladeiam a faixa de rolagem alcatroada, negra, e as pequenas manchas de pinhal descem até nós. Agora, acácias, cedros e eucaliptos quase se entrelaçam desafiando os raios de sol a atravessar-lhes a folhagem compacta. Um ramal de duas dezenas de metros nos leva até às termas.
Desçamos ao Paraíso. Uma abóbada de folhagem nos protege e a ribeira límpida corre molemente rodeando calhaus ora negros, ora avermelhados. Pequenos olhos de sol marcam na terra castanha círculos luminosos. Uma ponte... Uma pequena cascata... As cigarras cantam e tudo é verde à nossa volta. A água vai cavando os extratos xistosos, aprofunda-se cada vez mais e o caminho aperta-se, estrangula-se. Em baixo uma represa desconjuntada, mais além o arco de uma ponte.
Um pequeno apontamento. Hortenses azuis... Um lago snob de jardim... Três eucaliptos em cujos troncos meninas românticas cravaram corações e escreveram versos... Uma mesa de pedra... Uma fonte... A fonte dos Amores.
Algumas pedras avantajadas, que pararam ao encontrar qualquer obstáculo, lembram os poios semeados do vale do Zêzere. A caminho de Monchique, as encostas talhadas em socalcos têm por vezes o aspeto dos anfiteatros romanos.
Começada a subida para a Foia olhemos em volta. Na frente o retalho verde suave dos soutos que sobem de um e de outro lado da ribeira da Serra; a nossos pés os degraus de uma escada monumental que desce até ao Pé da Cruz e a norte a vila que parece deitada na aba de um cerro.
Onde encontrou um palmo de terra cultivável, o homem ergueu muros de defesa contra a erosão e plantou jardins. Quão penoso o seu esforço... A água corre por toda a parte. Dá-nos vontade de cair de borco numa prece à terra...
A arborização baixa de densidade à medida que subimos, as arestas vivas das massas de pedra são punhais que procuram ferir-nos, o ar torna-se mais puro, a temperatura desce e a montanha recebe-nos desdenhosamente.
Nossa referência: JE015 MO
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